sábado, 5 de novembro de 2011

Melancholia, Lars von Trier, 2011

Lars von Trier acabou com meu dia hoje. "Melancolia" é MUITO triste, depressivo, down in a hole total. Acabo de sair do cinema com uma sensação de peso e vazio ao mesmo tempo, com um nó na garganta. Por que você não corta logo os pulsos, Lars? Não estou dizendo que o filme é ruim, muito pelo contrário, é de uma perfeição incrível, atuações maravilhosas, esteticamente impecável. Cada detalhe melancolicamente trabalhado.

Os slows oníricos do prólogo remetem descaradamente a Andrei Tarkovsky, mais uma vez. E outra coisa, uma família isolada da sociedade numa casa de campo ressignificando suas relações e cavucando seus medos não me é nada estranho. Von Trier nunca foi TÃO Ingmar Bergman como em "Melancolia". As duas irmãs e o filho pequeno me lembraram muito "O Silêncio".

Sutil e pesado ao mesmo tempo, Lars conseguiu mostrar de forma poética e brutal a (quase) inefável dor da depressão e, como só ele sabe, a inevitabilidade da aceitação do trágico.

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